Fundador: S. Francisco de Assis (1181/2-1226).
Lugar e data da fundação: Assis, Itália, em 1209, com Regra aprovada em 16 de Abril de 1223.
Carisma: Viver em Fraternidade, testemunhar e anunciar o Evangelho ao mundo inteiro e pregar por obras a reconciliação, a paz e a justiça (Constituições Gerais, art. 1, 2).
Missão específica: Toda a nossa Fraternidade é missionária e participa da missão da Igreja… Cada um dos irmãos (…) deve assumir a sua parte na obra missionária (CCGG, art. 116, 2).
Presença em Portugal: Desde muito cedo se estabeleceram em Portugal os discípulos do Pobrezinho. Os primeiros a chegar, aí por 1217, foram Frei Gualter e Frei Zacarias. Por Portugal passaram, em 1219, os cinco Mártires de Marrocos, os primeiros da Ordem Franciscana, cujas relíquias, trazidas para Coimbra em 1220, foram ensejo para a conversão de Santo António de Lisboa, o primeiro grande Franciscano Português.
Dedicando-se, desde início, quase exclusivamente ao ministério da pregação e à celebração dos sacramentos, não tardou que alguns conventos abrissem escolas públicas de gramática, filosofia e teologia. A de Lisboa foi elevada a Estudo Geral da Ordem (1340), e incorporada na universidade de Lisboa em 1453.
Os franciscanos, cumprindo a sua vocação missionária, embarcaram nas primeiras expedições dos Descobrimentos.
Em 1517 o papa Leão X decretou a divisão da Ordem em duas: Frades Menores da Regular Observância (Frades Menores) e Frades Menores Conventuais. Os Franciscanos Observantes (Franciscanos) consolidaram a sua posição durante os séculos XVI a XVIII e continuaram a participar activamente na expansão missionária.
Na segunda metade do séc. XVIII a crise interna dos institutos religiosos em Portugal agravou-se e, por sua vez, a população conventual do País era excessiva. As invasões francesas, as lutas políticas entre liberais e absolutistas e consequente guerra civil, marcaram este tempo. Após a expulsão dos Jesuítas, pelo Marquês de Pombal em 1773, D. Pedro IV extinguiu os conventos dos Açores (1832) e de todo o Reino e Ultramar em 1834, incorporando os seus bens na Fazenda Nacional e fazendo dos frades ‘egressos’. O Iluminismo setecentista não compreendeu a dimensão contemplativa da vida religiosa; o Liberalismo considera os votos religiosos um atentado à liberdade individual e suprimiu o estatuto económico-social dos institutos religiosos.
Os Franciscanos chegaram a ser alguns milhares em Portugal. Extintas as Ordens Religiosas masculinas com o decreto arrasador de 28 de Maio de 1834, só trinta anos depois começou a restauração da Ordem Franciscana nestas terras de Santa Maria. Não foi fácil restaurar a vida franciscana em Portugal. Contudo, um pequeno ‘resto’ de Varatojo, onde a austeridade e o dinamismo apostólico sempre se mantiveram, conseguiu reabrir este convento.
Em 1891 foi restaurada a actual Província Portuguesa da Ordem Franciscana, rebento da velha árvore que durante seis séculos se estendera por toda a nossa terra. Entre 1891 e 1910 viveu-se um período de consolidação e desenvolvimento da Ordem em Portugal, dedicando-se ao ministério pastoral, à pregação e ao ensino primário. Abriram-se novos campos de acção: a imprensa, a assistência social e a formação da juventude. E continuaram o trabalho missionário por terras de África.
A proclamação da República, 1910, conduziu, de novo, à dispersão e exílio dos frades, que responderam com criatividade à hostilidade, intensificando a pastoral da pregação, continuaram a apostar na imprensa, dando azo à abertura das oficinas de tipografia e encadernação, que desembocou na Editorial Franciscana, desde 1954. Criaram-se duas instituições: uma de solidariedade social, a Obra da Imaculada Conceição e Santo António (Caneças, 1952) e outra escolar, o Externato da Luz (Lisboa, 1958).
Quanto às Missões, em Moçambique continuou o imenso trabalho de evangelização já começado e introduziu-se o movimento de apoio às missões União Missionária Franciscana (1923). Em 1932 abriram a Missão da Guiné-Bissau. A revolução de 1974 obrigou ao regresso de muitos missionários e aceitaram mais paróquias.
Em Portugal, as actividades a que se dedicam são muitas, das quais as de maior empenho são: a actividade missionária (Moçambique, Guiné e Cabo Verde), a pregação popular, a actividade pastoral em paróquias e nas igrejas das Comunidades, o ensino, a imprensa, a difusão do dinamismo missionário pela União Missionária Franciscana, e a difusão da espiritualidade franciscana com especial atenção à Família Franciscana e a movimentos a ela ligados.
Número de membros: 127 em Portugal.
Presença no mundo: No mundo os Frades Menores são 13.803, dos quais 425 são noviços (em 2012), e estão presentes em todos os continentes, num total de 103 nações: em 32 nações da África, em 16 na Ásia, em 15 na Europa Ocidental, em 16 da Europa Oriental, em 2 da América do Norte, em 22 da América Latina.
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